sexta-feira, 18 de abril de 2008

Pequena história de um abraço...


Esta é uma pequena história de um abraço…
A minha mãe foi durante alguns anos ama de uma menina, a Rita…, acabei por crescer com ela, viver com ela…, no fundo é como se fosse minha irmã, fomos nós que vimos as suas primeiras passadas, os seus primeiros tombos, que lhe ensinamos as primeiras palavras, as primeiras letras, números e até fui eu que lhe mudei algumas fraldas…
É curioso já não nos vermos tão frequentemente apesar de vivermos perto, mas aquele sentimento de família, fica para sempre entranhado em nós…
Agora a Rita tem 11 anos, já é uma miúda criança… :) por vezes, cá vem visitar-nos, matamos saudades relembramo-nos de algumas brincadeiras e até “galos” :) dos seus primeiros anos de infância, vemos fotografias… e rimos às gargalhadas.
Estava eu um dia destes a dormir durante o dia, já que a minha profissão me “obriga” a trabalhar por turnos e a viver de forma diferente da maioria das pessoas…, tinha sido uma daquelas noites que não lembra a ninguém, complicada…
Acordei cerca das 15.30…, meia estremunhada, despenteada, ainda mal tinha aberto os olhos e a porta do quarto, quando vejo a Rita, abro um sorriso…. Pois há algum tempo que não a via e as saudades vêem-se simplesmente num olhar… Espontaneamente a Rita aproximou-se de mim e abraçou-me com entusiasmo… um abraço, tão longo e forte que não esperava de qualquer forma… Foi simplesmente natural em si…
Não reparou se estava descomposta, ainda meio a dormir ou não… Simplesmente viu-me e o seu impulso foi receber-me num abraço fechado… Ali todos os meus problemas se desvaneceram, a noite que me tinha sido complicada, algum tipo de preocupação que pudesse assombrar os meus pensamentos diluiu-se num ápice…
Simplesmente com o teu abraço, Rita… Obrigada**
Aqui há dias li uma pequena frase que me fez lembrar deste abraço, que parece tão comum…, mas que contém a sua magia em si para aquele que o recebe e foi esta frase que me fez escrever sobre ele…
“Uma criança pode sempre ensinar três coisas a um adulto: a ficar contente sem motivo, a estar sempre ocupado com alguma coisa, e a saber exigir – com toda a força – aquilo que deseja” P.C. in Monte Cinco

domingo, 6 de abril de 2008

Ausências...


Ausências…
Há quem esteja ausente, mas presente no pensamento…
Presença…

Há quem esteja presente, mas ausente no pensamento…
Indiferença…

Há quem esteja totalmente ausente…
Há quem esteja verdadeiramente presente.

Há ausências que não se dão conta…
Afinal não são “ausências”, porque não damos por elas…
Não são simplesmente nada…

Ausência…
É sentido como um vazio…
Algo incompleto…
O que devia estar presente não está…
Sentir que nos ocupa os pensamentos, nos sufoca,
nos magoa por dentro, mesmo em silêncio…
Sentir que o que faz parte de nós está distante…

Ausência…
Só é sentida quando valorizamos o que está distante…**